Talvez nunca exista uma forma de descobrir todas as respostas pra perguntas que nos fazemos hoje. Talvez, quando pensarmos em viver, já teremos vivido o suficiente pra adoecer. Quanto mais os meus pensamentos se perdem em meio à essas entrelinhas é que eu consigo deduzir que tudo que eu sei é que nada sei. Nada sabemos.
Nada sabemos porque temos sete dias em uma semana e quando é domingo, recomeçamos a mesma rotina, mudando apenas uma coisa aqui, outra lá, mas nada que diferencie muito o conhecido "feijão com arroz" de todo dia. Nada sei porque desconhecemos o desconhecido, porque nem tudo é conhecido, nem tudo é viavél e boa parte desse "inviável", boa parte do que "não presta", resolvemos colocar em nossas vidas de forma que esquecemos do que realmente tem sentido. Nada sabemos porque temos uma coisa mais forte que age por trás de nós, em meio a um silêncio, em meio à coisas que não se dizem, não se fazem, apenas acontecem. Aliás, nem temos tanta certeza do que acontece. Não sabemos quantificar tempo, não sabemos o amanhã, não temos poder do que fazemos, do que pensamos e do que falamos, principalmente. Nos tornamos tão fúteis escrevendo maravilhas em blogs, nos candidatando a presidência da república, fazendo sempre as mesmas promessas de mandatos anteriores, finjindo não saber que pouco se resolve quando o que se tem é um povo com fome. Fome e sede de ter um pouco de tempo com seus familiares, de poder aproveitar um pouco o que tem vontade.
Pouco sabemos. Pouco sabemos pois nos entregamos aos desejos da carne quando ela está em luta com a nossa mente. Achamos lindo aparecer no contexto dos nossos e pouco fazemos pra mudar o que acontece. Nos tornamos cada vez mais ignorantes.
Ignorantes em pensar que as coisas da vida não tem valor. Que a vida não tem valor! Como se pode ter um sentimento por alguém que você não conhece? Como se pode AMAR uma pessoa sem realmente saber o que se passa na vida dela, sem ter um contato mais profundo com ela? Escolhemos estar no meio de muitos visando coisas que passam, deixando de lado os bons que ficam pra sempre. Andamos sem saber porque por essa vida, sempre querendo as mesmas coisas, mas fazendo totalmente o diferente pra conquistá-las. Poucos são os que realmente fazem o que prometem, correm atrás do que querem e até mesmo falam o que sentem.
Na vida, a gente sempre tem duas escolhas, pelo menos. Uma é fácil e a outra não. A mais fácil pode não significar a direção correta, nem sempre haverá segundas chances pra se fazer o que não foi feito por completo. Talvez, a vida nem sempre nos oferece as melhores escolhas. Já percebi que no mundo atual, as pessoas não são quantificadas pelo o que são, mas pelo o que tem. Não se importam com o que você é.. se é bom ou ruim, tendo capital e forma de compra e venda de "pessoas" ou coisas materiais, você se torna o cara mais legal da face da Terra em poucos instantes. Não se troca a vontade do saber um pouco pelo o que já é de fato, politicamente errado. Não se troca a vida pela morte. Tudo parte de você.
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