quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Jogo das Causas

Na vida, estamos sempre acostumados a pensar no que vamos enfrentar pela frente. Pensamos em um futuro amor, em futuras pessoas que iremos conhecer e o que iremos fazer amanhã. O pensamento do futuro só acontece porque estamos totalmente preocupados com o que vai acontecer, e nos perdemos em um presente que muitas vezes nem damos tanto valor assim.
É incondicional o  fato de querer o bem, de querer coisas boas à nós mesmos. Muitas vezes, acabamos pensando que a vida é tão complicada que acabamos fazendo da nossa uma complicação ainda maior do que podemos suportar. Se conseguissemos um pouco, parar e pensar na resolução de cada problema, confesso que muitas vezes, deixaríamos de enfrentar situações que nos fazem tão mal e acabam tomando um tempo imenso da gente, tempo que poderíamos ter aproveitado com coisas que nos fizessem bem  e, consequentemente, ficaríamos felizes. Com o passar do tempo, vamos adquirindo maturidade. Uma maturidade que imaginamos ser a melhor do mundo por passar a entender melhor quem somos e o que fazemos de verdade. 
O que mais relacionamos com o que somos é o que fizemos, o nosso passado. Digasse de passagem, que seja um tempo que não tem volta. E realmente, não há como mudá-lo. Pois bem, pensamos tanto porque sofremos, porque estamos aqui, porque gostamos de quem não gosta de nós, porque somos iludidos tantas vezes e até nos perguntamos o porque da vida de algumas pessoas parecerem melhor do que a nossa. Pensamos em tantos porquês, em tantos motivos que esquecemos que a causa da maioria das coisas que acontecem somos nós mesmos. Há uma certa parcela das coisas que são proporcionadas por outras pessoas, contudo, a maioria das coisas que acontecem são culpa nossa. Ligamos pra consequências, nos culpamos de momentos bons mas jogamos a culpa de momentos ruins em outras pessoas que nem sempre têm participação na nossa vida. E porque?
Porque nos parece mais fácil, nos parece certo. Nos relacionamos de certo modo com as pessoas que pensamos que elas sejam o motivo de sofrermos,  chorarmos e ficarmos mal. Mas, nem sempre é assim. Já pensou se o mundo inteiro fosse verdadeiro? Não existisse mentiras? Você iria sofrer do mesmo jeito! Os sentimentos, na maior parte das vezes, são impulsivos e podem mudar conforme outra pessoa aparece na sua vida. O importante mesmo é sempre lembrar: o problema do mundo não são as pessoas, somos nós. A partir de uma mudança nossa podemos cobrar mudanças de outras que estão em situações abaixo de nós. Nos preocupar com o mundo, com a natureza? Sim. Mas, primeiro, nos preocupar conosco. Mudar. Mudanças. É o comum tão clichê que insistimos ainda em não fazer. Causas e consequências; se lembre que a sua vida é você quem faz!

Um comentário:

  1. Realmente, você escreve muito bem. Está de parabéns pelo texto, e pelo conteúdo. Continue assim!

    beijo ;*

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